Arquivo mensal: novembro 2015

Ogum e Varuna

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Amigos e Amigas, dando continuidade à nossa proposta falaremos, hoje, sobre Varuna e Ogum. Varuna é uma divindade indo ariana. Trata-se de um deus arquiteto e ferreiro que possuía um conhecimento infinito. Tornou-se rei dos deuses, tendo também domínio sobre o destino dos homens, sustentando a vida e a protegendo do mal.

Quando Indra – que tinha poder sobre os raios e tempestades – venceu um grande monstro e tornou-se o novo rei dos deuses, Varuna tornou-se rei dos oceanos e da noite. Assim, dividia o céu com Surya, deus do dia.

“Varuna é um termo sânscrito, referente a uma divindade védica; Senhor da Consciência Vasta, representando a pureza etérea e a amplidão oceânica da Verdade infinita; destrói tudo o que interfere adversamente no crescimento da Consciência-Verdade, na mente do homem”.

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Ayan (Ayom) e Sarasvati

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Olá amigos e amigas! Hoje falaremos um pouco sobre AYAN e SARASVATI. Ayan é a divindade da música, do canto, da dança e da poesia, ou seja, das artes. Ayan é a Senhora do dia branco e da vida, é uma divindade da harmonia e da felicidade.  Trata-se de um Orixá funfun, ou seja, um Orixá branco, que traduz a pureza, a felicidade, a harmonia, o equilíbrio, o conhecimento… Os maiores sacerdotes de Ayan, assim como os de Ifá, são reconhecidos pelas orações e pelos cânticos que conhecem. Vale ressaltar que, toda e qualquer relação com Orixá ou com uma Divindade passa, principalmente, pela bondade e pela concórdia.

Sarasvati é a deusa hindu da sabedoria, das artes e da música. É descrita como uma deusa de extrema beleza, de pele branca como o leite e tocando sitar. Veste um saree branco e imaculado  e está sentada sobre um lótus branco, que represena a busca pela Luz do Conhecimento. A cor branca da deusa traduz seu caráter impecável e imaculado. Assim como Ayan, Sarasvati traduz a pureza, a felicidade, a harmonia, o equilíbrio, o conhecimento…

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Os Orixás e as Divindades Orientais

 

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 Olá amigos e amigas! Como já dizia Matta e Silva a Umbanda ressurgiu aqui no Brasil, seu marco oficial é Zélio Fernandino de Morais. Aqui, estamos falando da Umbanda quanto movimento e também de seus aspectos exotéricos. Gostaríamos de esclarecer ao amigo leitor que, a Umbanda, já nasceu ou ressurgiu com todos os símbolos que nela encontramos hoje, nas mais diferentes escolas e sistemáticas de ritualização e, por isso, a Umbanda não é uma religião sincrética, pois imagens de santos, orixás, tambores, símbolos de matizes indígenas e orientais sempre estiveram dentro dos ritos Umbandistas desde seu ressurgimento no Brasil, tudo muito bem alinhado e coerente.

É necessário que o leitor amigo compreenda que o sincretismo surgiu da necessidade de aproximar religiõesogum divergentes e que não se comunicavam entre si. Daí, por exemplo, o Candomblé encontrou meios de se fazer entender através do sincretismo com os símbolos católicos. O leitor amigo sabe que o Orixá Ogum é sincretizado com São Jorge. Isso não quer dizer que Ogum é São Jorge; essa relação, em seu aspecto mais externo, foi feita para demonstrar características do Orixá Ogum que são comuns às de São Jorge e, assim, promover, aqui no Brasil, uma identificação, ou seja, a capacidade do povo daqui entender e se ligar ao sagrado através da correspondência entre algo que não conseguia entender (o Orixá Ogum) e algo que lhe era conhecido e despertava a sua fé (São Jorge).

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