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Medo e Desejo e o Simbolismo da Cruz


Muitos são os motivos que levam alguém a buscar um caminho espiritual, um caminho no qual se pretende ir ao encontro do divino. Dentre esses vários motivos, temos o da pessoa que busca o autoconhecimento, daquela pessoa que busca reconhecer-se como parte de um todo maior e identificar qual o seu local, qual o seu papel nisso tudo.

É um momento de incertezas e de alegrias, pois, se por um lado temos consciência de que no caminho do autoconhecimento lidaremos com tudo o que é obscuro dentro de nós – e isso pode assustar bastante -; por outro lado temos a alegria de presenciar a maneira como as pessoas que percorreram com sucesso essa jornada se portam diante da vida – sendo isso verdadeiro alento e inspiração para os iniciantes nesse caminho de redescoberta de si mesmo.

Nessa jornada iniciática (busca da sabedoria aplicada em favor da humanidade) tem-se a compreensão de um dos vários simbolismos da “cruz”- e aqui utilizarei um deles relacionado ao objetivo do texto – como um dos primeiros e grandes desafios.

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Oração

A young girl prays at the table

Olá amigos e amigas! A oração é um dos mais sublimes modos de entrar em contato com o Sagrado. Um poderoso veículo de transformação interior e exterior. É necessário que se entenda que o Sagrado não é apenas algo exterior, que buscamos fora. O Sagrado também habita dentro de cada um de nós.

Deste modo, a oração possibilita um contato com esse Sagrado dentro de cada um de nós, bem como com todos os ensinamentos Superiores e Sublimes do Mundo Espiritual.

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SADHANA – A Meditação como Prática para atingir a Iluminação: uma visão Umbandista – Parte 1

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O termo sânscrito sadhana — derivado de sadh, chegar ao objetivo — pode ser traduzido como meio de se realizar. No Budismo, as sadhanas são textos litúrgicos para a prática de meditação, desde a visualização das divindades meditacionais até a dissolução final, em meditação não-conceitual. Para praticar uma sadhana, é essencial que se procure um professor qualificado de quem se possa receber as iniciações e ensinamentos orais.

Aqui, trataremos sobre esta prática sob a ótica Umbandista, de acordo com os ensinamentos de nossa Escola.

As sadhanas são geralmente divididas em três etapas:

  1. No Estágio Preliminar (sânsc. purvagama), toma-se o refúgio Vajrayana e se desenvolve a bodhichitta, a mente que aspira alcançar a iluminação para trazer benefícios a todos.

Dentro na nossa Escola, aprendemos que este primeiro estágio é um estágio de preparação. É fato que o Ser Humano vai acumulando dentro de si pensamentos, sentimentos, frustações, situações mal resolvidas, questões mal elaboradas, dentre outros…

Deste modo, este primeiro estágio, é extremamente importante, pois o praticante estará deixando todos esses pensamentos e sentimentos fluírem, ou seja, eles passarão por sua cabeça e seu coração e vão sendo liberados. Tenha a consciência de que você quer se livrar de tudo isso… De toda essa atribulação…

Neste primeiro estágio, o praticante senta-se em local adequado e confortável e deixa a mente viajar, não bloqueia nenhum pensamento ou sentimento que afloram. É importante que eles fluam. Isso vai efetuando uma espécie de limpeza interna, pois o praticante vai “esgotando” todos esses pensamentos e sentimentos que vão se acumulando dentro de si no decorrer de sua vida…

Toda sorte de pensamentos e sentimentos aflorarão, não brigue com nenhum deles, não ignore-os, não tente guarda-los novamente evitando encará-los. Faça as pazes com tudo isso e se liberte de tudo… Conseguindo isso, perceberá que nada disso o incomodará mais.

Você está caminhando dentro deste primeiro e importante estágio, voltando os olhos para si mesmo, se reconhecendo e se conhecendo. Fazendo as pazes com tudo aquilo que, mesmo inconscientemente, o incomoda. Que o impede de voltar sua atenção e sua concentração para outras coisas. Lembre-se: Conhece-te a ti mesmo e conhecereis o universo e os deuses.

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Ninguém pode ter o que é especial de outra pessoa

994133_756537241127268_3249250993471050293_nDisse IFÁ: Ninguém pode ter o que é especial de outra pessoa.(Obara Sá).

Vivemos em comunidade, somos seres sociais. No decorrer de nossas vidas nos integramos a grupos, seja ele no clube, no trabalho, no local onde expressamos nossas crenças religiosas…

O Ser Humano têm necessidade de identificação, se aproximando daquilo que é semelhante e rechaçando aquilo que é diferente (problema que, quando agravado leva ao preconceito, discriminação, intolerância, dentre outros).

Deve-se entender que, em todos os locais em que estamos, com todas as pessoas que lá se encontram, devemos fazer a diferença entre o que é crença, convicção e princípios comuns e o que você quer pegar emprestado de um colega (a vontade de ser o outro).

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