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O que a Divindade espera de nós?

Olá, amigos leitores!

Há algum tempo venho refletindo sobre essa questão e acredito que, independentemente da religião que você professe, uma das coisas que a Divindade espera que todos nós conquistemos é “Autonomia”.

Todos sabemos que somos seres espirituais e que, a cada dia que passa, cada vez mais pessoas buscam ir ao encontro dessa essência divina, ir ao encontro do despertar da consciência, da iluminação, da conquista da autonomia, ou seja, de uma forma espiritualizada de se viver bem.

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A Queda do Sacerdote

Viver na Umbanda sabemos não ser fácil, quiçá ser Sacerdote. Todos nós, os adeptos, temos um karma passivo a ser aniquilado e a nossa religião permite, com muita clareza e destreza, que esse seja fortemente vivido e potencialmente combatido. Todas as dores hão de ser dissolvidas e todas as tristezas, aniquiladas.

Devo ressaltar: tenho visto, desde há alguns anos, médiuns possivelmente aptos a adentrarem os meandros da iniciação, caírem devido à má e incauta condução de seu iniciador. Movidos pelo ego, pelo orgulho, pela vaidade, pelo egoísmo e pela inação, acabam por extirpar a vida espiritual de um filho seu. Vários são os desviados de sua promessa divina de cumprirem com exata precisão o compromisso que assumiram anteriormente e, por erros e deslizes do condutor, esses acabam por acumularem mais karma em débito nesta vida.

O discípulo precisa do Mestre assim como o Mestre precisa de seu discípulo, não é à toa que existe a máxima: quando o discípulo está pronto, o Mestre aparece e nessa troca de intenções e tarefas, o exercício do que foi prometido acontece.

O Sacerdote que não cumpre com louvor seu pacto com o Astral assume, após desencarnar, essa responsabilidade de esclarecer em tribunais kármicos, o que fez para que aquele médium disposto a exercer a tarefa, fosse declinado de seu caminho.

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Reflexões…

A vida sacerdotal é, antes de tudo, lidar com decepções, traições, tristezas e angústias.

Tudo isso vem sempre de pessoas próximas a quem você se dedicou, se doou, ensinou, apascentou e deu um caminho melhor com conselhos e orientações.

A decepção, esse fim da esperança, quando esperamos um porvir, mas descobrimo-nos incapazes de amar o presente, quando vemos que seu amor pelas pessoas não as satisfaz em função de um passado ilusório, onde elas realmente tinham a felicidade da matéria e não a do espirito, ou quando o peso do passado as faz ficarem presas nele, como âncora.

De infelicidade em infelicidade, seguimos ao portal da morte. Com o tempo, entendemos o protagonismo das “sete lágrimas de um pai preto”, da autoria de nosso avô de santé Mestre Yapacani, onde lemos que a ingratidão é a moeda de quem realmente segue o mundo espiritual.

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Sacerdote

Sumo SacerdoteSumo Sacerdote

Sacerdote em Latim: Sacerdos: sagrado, e Otis: representante, (“representante do sagrado”).

O sacerdote é uma das peças mais importantes de um Templo, ele executa várias funções importantes, visando o bem estar e o melhor caminho.

O sacerdote busca dentro de cada um o despertar da verdadeira essência Divina, nos orientando e nos mostrando que é possível viver melhor aproveitando a vida de modo consciente, conduzindo nossa vida material e espiritual, ambas devem andar lado a lado, em harmonia.

Na dialética Templária o sacerdote busca incutir isto na comunidade tanto em nível coletivo quanto em nível individual, pois uma de suas funções é despertar em cada um aquilo que ele tem dentro de si a fim de que cumpra sua missão.

Respeitando todas as consciências sem ferir nenhuma, sabendo que todos nós temos um tempo certo para esse despertar.

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Harmonia

harmonia

A Umbanda utiliza em seus Congás flores e ervas. Deve-se compreender que todo Congá deve ser harmônico, limpo e agradável aos olhos.

Ali no Congá estão fundamentos profundos, apesar de simples são bem elaborados, indicando a atuação da inteligência e compreensão do Sacerdote de cada Terreiro. O Congá deve despertar a Paz, o Equilíbrio, a Serenidade, deve trazer a calma e a tranquilidade deve, também, despertar a Fé das pessoas que ali estão, isso faz com que tenham certeza de que ali, diante daquele Santuário Sagrado, receberão o alento que tanto procurarm.

Despertar a Fé da pessoa diante do Congá é fazer a ligação desta com algo Superior e Sagrado.

Nos Congás dos terreiros, em geral, utiliza-se flores, estas devem ser sempre naturais, nunca artificiais. As flores e ervas canalizam a energia mais sutil dos 07 Orixás, essas energias aliadas à todo o processo ritualístico propicia a vinda das entidades ao Templo, baixando em seus médiuns e atendendo as pessoas. Assim, o Sacerdote detém o conhecimento necessário para a escolha das flores e ervas de acordo com o objetivo do Rito que será realizado, bem como quais as flores e ervas afins às Entidades responsáveis por este ou aquele Templo.

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Como Proceder o Ritual da Defumação

Bom dia amigos e amigas!

Um antigo ponto diz:

“Defuma com as ervas da Jurema, defuma com arruda e guiné
Benjoim, alecrim e alfazema, vamos defumar filhos de fé!”

No texto anterior falamos um pouco sobre a antiguidade do ritual da defumação e de sua importância dentro da Umbanda. Falaremos, agora, rapidamente, como se proceder o ritual da defumação de acordo com os ensinamentos da nossa casa, ou seja, dentro da visão da Umbanda Esotérica.

Algumas regras básicas:

1) Para o Rito da defumação recomenda-se utilizar um turíbulo (incensário) de barro. Mas, por qual razão de DEFUMADORbarro? Porque o barro é um filtro natural. Assim, quando se realiza o Rito da defumação as “cargas negativas” do ambiente serão conduzidas através da corrente para o turíbulo e, ali serão filtradas, em seguida serão desagregadas na brasa (fogo) e fixadas no carvão. JAMAIS utilize latas ou pás. Defumação é coisa séria, possui uma ritualística e uma forma adequada para a sua realização, assim como tudo o que é sagrado.
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Arquétipos, Genótipo, Fenótipo, Estereótipo, Mitos e Oráculos: estudo preliminar

Neste estudo procuraremos de forma sucinta e objetiva mostrar a relação existente entre: arquétipo, genótipo, fenótipo, estereótipo, mitos e oráculos. Tratando também da importância dos mitos em nossas vidas.

Iniciamos o presente estudo apresentando a definição dos termos centrais deste estudo para assim desenvolvermos nosso raciocínio.

Vejamos:

arquétipo
ar.qué.ti.po
sm (gr arkhétypon) 1 Modelo dos seres criados. 2 O que serve de modelo ou exemplo, em estudos comparativos; protótipo.

O termo “genótipo[1] (do grego genos, originar, provir, e typos, característica) refere-se à constituição genética do indivíduo, ou seja, aos genes que ele possui. Estamos nos referindo ao genótipo quando dizemos, por exemplo, que uma planta de ervilha é homozigota dominante (VV) ou heterozigota (Vv) em relação à cor da semente.

O termo “fenótipo[2] (do grego pheno, evidente, brilhante, e typos, característico) é empregado para designar as características apresentadas por um indivíduo, sejam elas morfológicas, fisiológicas e comportamentais. Também fazem parte do fenótipo características microscópicas e de natureza bioquímica, que necessitam de testes especiais para a sua identificação.

Entre as características fenotípicas visíveis, podemos citar a cor de uma flor, a cor dos olhos de uma pessoa, a textura do cabelo, a cor do pelo de um animal, etc. Já o tipo sanguíneo e a sequência de aminoácidos de uma proteína são características fenotípicas revelada apenas mediante testes especiais.

O fenótipo de um indivíduo sofre transformações com o passar do tempo. Por exemplo, à medida que envelhecemos o nosso corpo se modifica. Fatores ambientais também podem alterar o fenótipo: se ficarmos expostos à luz do sol, nossa pele escurecerá.

estereótipo

es-te-re-ó-ti-po

s. m.

Comportamento desprovido de originalidade e de adequação à situação presente, e caracterizado pela repetição automática de um modelo anterior, anônimo ou impessoal.
Art. gráf. fôrma de impressão em que os caracteres estão fixos e estáveis; clichê, matriz.m.

Impressão ou obra impressa numa prancha de caracteres fixos.

À luz dos seguintes conceitos podemos dizer, de maneira bem simples e que facilite o entendimento que arquétipos são “formas ou moldes” (como formas de bolo ou moldes (o bolo fica no formato de sua forma ou no formato de seu molde). Estes moldes primordiais são os instrumentos da criação e de tudo o que existe no Plano Material.

Ocorre que, em dado momento, o Espírito, que era uno, teve a necessidade de manifestar-se e essa manifestação se dá através do plano material. Antes de prosseguirmos com o assunto gostaria de fazer um parêntese aqui para transcrever um cântico que remete a este momento, que é o momento da queda do espírito, o momento em que o espírito passa a ter existência na matéria:

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O Caminho da Iluminação

Queridos Amigos, falaremos, hoje, um pouco sobre nossa constituição tríplice fazendo algumas correlações com a Doutrina do Tríplice Caminho e com as 03 jóias do budismo. No decorrer do texto demonstraremos a importância da vivência templária, sendo esta vivência imprescindível para a construção do conhecimento e para o crescimento indivudual e coletivo.

Aproveitamos o ensejo para demonstrar a relação existente ente a nossa tríplice constituição e suas relações com a Doutrina do Tríplice Caminho, bem como demonstrar que na dialética da vida de um Templo Umbandista esses fatores são trabalhados, images4lapidados e vivenciados por todos, além de relacionar tudo isto às 03 jóias do budismo que são: Buddha, Dharma e Sangha. Passemos aos nossos apontamentos.

Sabemos que temos uma constituição tríplice, ou seja, todos nós temos um Organismo Mental, um Organismo Astral e um Organismo Físico. Todos os seres humanos pensam, sentem e agem. Assim, quando o espírito adentrou na Matéria (Universo Astral – Reino Natural) através das agregações que constituíram o que conhecemos por alma, foi necessário organizar esta matéria, que era caótica, para que o espírito se manifestasse.

Dessa organização surgiram os três organismos supracitados.

  1. O Organismo Mental: é a sede dos pensamentos, o campo das ideias (lembrando que a ideia é algo abstrato). “Dois”, por exemplo, é uma ideia (algo abstrato) que se concretiza com sua expressão, sua representação que pode ser o algarismo dois (2 ou II), duas laranjas, duas maçãs etc.
  2. O Organismo Astral: é a sede dos sentimentos, das emoções que, por sua vez, também são abstratos. Os sentimentos são demonstrados (concretizados, expressados ou representados) através de atos, atitudes etc. Podendo ou não, quando de sua expressão, passar pelo campo da intelecção, por ser possível às pessoas expressarem sentimentos e emoções quase que de forma inconsciente. Agindo de forma totalmente emocional ou passional e não racional e, às vezes, até instintiva (como o instinto de sobrevivência, por exemplo).
  3. O Organismo Físico: trata-se do corpo físico propriamente dito, veículo pelo qual o espírito se vale através do organismo mental e astral para realizar, concretizar, vivenciar e esgotar suas vontades.

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Oração Òrúnmìlà

 

“O babaláwo, ou sacerdote, da antiga filosofia africana sobre òrìsà inicia suas atividades de manhã com esta oração. Expressa, em apenas algumas linhas, literalmente, a relação e a perspectiva entre o babaláwo e o seu espírito guardião Òrúnmìlà”. (Afolabi A. Epega & Philip John Neimark)

ÒRÚNMÌLÀ! Elérí Ìpìn,

Ìbikejì Olódùmarè,

A-jé-jù-Oògùn,

Obìriti, A-p’ijó-ikú-da

Olúwa mi, A-to-i-ba-j’ayé

Òrò à-bi-kú-j’igbo

Olúwa mi, Ajiki,

Ógègè a-gb’ ayé-gún;

Odúdú ti n´dú orí emèrè;

A-tún-orí-tí-kò sunwòn se

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