Arquivo mensal: junho 2012

Os 16 Atributos de Esú e o Ifá

 

Neste post vamos falar um pouco sobre os 16 atributos de Esu (Exú), atributos estes que se relacionam com os 16 Baba Odús do Ifá.

Mas antes, gostaríamos de esclarecer que Esu (Exú) é o Grande Agente Cósmico Universal, é o Agente da Magia Universal. É Exú que, juntamente com os 07 Aráshas (Orixás) Ancestrais, trataram da criação do Universo Astral – Reino Natural. Os Exús são os concretizadores das ideações dos 07 Aráshas.

Quando do surgimento do Universo Astral e do Reino Natural foi necessário, então, organizar toda esta matéria que era caótica. Por isso dizemos que a “ordem” se assenta no “caos”. E é Esu que promove esta organização, dentre várias de suas outras importantíssimas funções das quais trataremos em futura publicação.

Iniciemos, pois apresentando os 16 atributos de Esu, mas antes…

Mo ju iba, Esu Oba Baba awon ESU! Iba se, o!

Saudações, Esu Senhor e Pai de todos os Esus! Que esta homenagem se cumpra!

Eis, agora, os 16 títulos ou atributos e suas correspondentes “qualidades”, os quais sempre foram ligados aos 16  BÁBA ODU de Ifá:

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Ayom Poolo o Orixá da música e dos tambores

Repassando mais um texto de Mestre Obashanan.

Data: 16/05/2008

O AYOM

images1Templo da Estrela Verde

Do seio de Olodumaré, dentro do Orún, estão os Imolés (LUZ, BRILHANTE) do qual emanam 400 consciências denominadas de direita, os Irùnmòlés, que significa “Concebidos com a luz do Orún”, espíritos que não nasceram e nem morreram na Terra, pois são fonte original da luz espiritual. Também emanam 201 consciências da esquerda chamadas Igbàmòlé, que significa “Os que guardam a luz” (igbá – Cabaça, enquanto substantivo; enquanto numeral, significa 200). Estes espíritos foram responsáveis diretos pela implantação da evolução em nosso planeta e pelo despertar da humanidade, rumo à civilização. São tradutores dos Irúnmolés e são mais conhecidos como Orixás e Eboras. Dentre eles estão Exu, Xangô, Obaluaiê, Ossain, Yemanjá, Oyá, etc…

Na primeira categoria, dos Irunmalés, muitos deles, por surgirem de dentro da luz de Olorum foram chamados de “FUN FUN”, os Senhores do Branco e são potestades extremamente antigas, a maior parte quase esquecidas. Oxalá é o mais conhecido dentre eles, mas existem muitos outros, praticamente desconhecidos no Brasil. Dentre eles podemos citar Irawó (as estrelas), Oshupá (A lua), Agba Lodé (A imensidade do espaço) e em especial o AYOM POOLO, o Senhor da Música.

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O Relacionamento Libertador

Libertar-se das malhas da ilusão, despertar do sono do Espírito requer, antes de tudo, uma vontade forte, algum grau de experiência que faça reconhecer a insatisfatoriedade da vida prosaica e a compreensão da ligação inexorável entre a vida dedicada às sensações e a dor e o sofrimento. Este conhecimento preliminar é o mínimo necessário para qualquer um que deseje sair da Roda das Reencarnações Dolorosas, onde a repetição constante das mesmas falhas e apegos ocasiona sempre as mesmas dores e padecimentos. Uma vez tendo reconhecido este contexto, torna-se o ser vivente apto a pleitear uma mudança no seu rumo evolutivo. Se tiver acumulado algum crédito em suas vidas, um Mestre Astralizado intercederá pelo candidato a discípulo frente aos Tribunais Kármicos e, sendo aprovado o pedido, começa uma nova etapa para aquele Ser. Em seu próximo renascimento será encaminhado à presença de um Mestre Espiritual Encarnado.

Para todos que já encontraram seu verdadeiro Mestre, ler as linhas acima causa uma certa dor e um estremecimento na memória que ultrapassa o cérebro físico, tocando nos longínquos ou recentes tempos passados, como caminheiros que somos das vidas do karma. Esta identificação imediata deve-se à semelhança das histórias que carregamos todos em nós, da igualdade que temos, uns com os outros, e que nos coloca debaixo de uma mesma Raiz e sua Linhagem. Porém, já em situação mediata, sobrevêm a alegria e o regozijo interior brotados pela imagem, em nossa tela mental, de nosso Mestre que nos tem acolhido nessa e em outras vidas. Sempre achamos que éramos independentes, e caminhávamos errando e sofrendo as conseqüências de nossos atos infelizes, até que encontramos nosso Mestre, que nos ensinou o peso que isso nos acarretava. Dizia ele que não nos queria dependentes dele; queria que compreendêssemos que somos apenas interdependentes e nos pedia para sermos receptivos aos seus ensinamentos.

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A Humildade

A Humildade é a virtude que dá o sentimento exato da nossa fraqueza, modéstia, respeito, pobreza, reverência e submissão.

Humildade vem do Latim “humus” que significa “filhos da terra”. Uma simples análise desta frase nos dá material suficiente para aprendermos sobre a humildade:

Diz-se que a humildade é uma qualidade, assim, quem se vangloria da sua, mostra simplesmente que ela lhe falta.

Ela torna as virtudes discretas, despercebidas dos outros, não há ostentação.

A humildade não é depreciação de si mesmo, não é ignorância com relação ao que somos, mas ao contrário, mostra o conhecimento exato do que não somos. Assim, o verdadeiro humilde, não deixa a vaidade se manifestar. Pode-se inferir diferentes graus de humildade, o que é próprio daqueles que procuram se melhorar, como também falsos “humildes”. Esses, normalmente só o são por breves momentos, ante algo que lhes pareça grandioso ou importante.

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Oração Òrúnmìlà

 

“O babaláwo, ou sacerdote, da antiga filosofia africana sobre òrìsà inicia suas atividades de manhã com esta oração. Expressa, em apenas algumas linhas, literalmente, a relação e a perspectiva entre o babaláwo e o seu espírito guardião Òrúnmìlà”. (Afolabi A. Epega & Philip John Neimark)

ÒRÚNMÌLÀ! Elérí Ìpìn,

Ìbikejì Olódùmarè,

A-jé-jù-Oògùn,

Obìriti, A-p’ijó-ikú-da

Olúwa mi, A-to-i-ba-j’ayé

Òrò à-bi-kú-j’igbo

Olúwa mi, Ajiki,

Ógègè a-gb’ ayé-gún;

Odúdú ti n´dú orí emèrè;

A-tún-orí-tí-kò sunwòn se

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