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Orixalá e Surya

Olá, amigo leitor! Continuando a série de textos sobre Orixás e as Divindades Orientais, hoje, apontaremos algumas semelhanças entre Orixalá e Surya – ambos o deus Sol – A Representação da Luz que Desperta e que dá vida. É perceptível que estamos tratando da mesma essência sagrada que se manifesta de formas diferentes de acordo com cada povo e cada cultura. Ambos traduzem fortes mensagens de ordem moral e espiritual. Trabalham visando a re-ascensão da humanidade e manipulam a energia solar em benefício da manutenção da vida física no planeta.

Surya é o deus do Sol, de acordo com os Vedas, as Escrituras Sagradas da Índia.
Habita a esfera solar (Sūryaloka). Seus seguidores são conhecidos como Sūryabhaktas.

Surya viaja através do céu na sua carruagem puxada por sete cavalos. Ele leva em suas mãos um Chakra (roda) da luz do sol, um Padma (lótus), e um Sankha (concha); sua mão erguida é um sinal de proteção.

Hélio é o deus Sol entre os gregos. Hélio circunda a terra no carro do sol, cavalgando o céu até o oceano para banhar os cavalos, dando início à noite. “Nada no universo lhe escapa da vista, motivo que até os deuses o conjuram para atuar como testemunha em importantes eventos”[1].

“Segundo Ovídio, o carro do sol de Hélio é uma carruagem, por vezes representada como uma biga, puxada por quatro cavalos de fogo, cujos nomes variam. Segundo o próprio, os nomes são Piro, Éous, Éton e Flégon. Já segundo Eumélo de Corinto, o nome dos machos são Éous e Etíope, e o das fêmeas, que são unidas por um jugo, são Bronte, a trovoada; e Estérope, o relâmpago” [1].

A shakti de Surya é Chaya, que representa seu oposto, a Deusa da Sombra. No mesmo sentido a “shakti” de Orixalá é Oduduwa que também representa seu oposto.

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A expansão certamente encontrará resistência e ferimento

Olá amigos e amigas! “A expansão certamente encontrará resistência e ferimento”, é o que nos diz o Hexagrama MING do I-Ching.

Para superar esse momento nos é aconselhado que: “Durante a adversidade é favorável manter-se perseverante”.

Todo aquele que trilha o caminho do despertar espiritual encontrará resistência e, não se engane, o pior inimigo é o inimigo interior. A grande dificuldade reside em reconhecer a necessidade de mudança e, em seguida, encarar o trabalho necessário para promover a mudança de padrões de pensamentos, mudanças comportamentais e de postura, a mudança de consciência… Alcançar a Estrela e renascer para o mundo espiritual requer paciência, empenho e equilíbrio. Deve-se procurar manter o foco e ser perseverante na caminhada, o que não é fácil, pois, normalmente, a pessoa que se encontra em uma situação atribulada pode estar tão desequilibrada pelo assédio dos ‘monstros interiores’ que não consegue vislumbrar algo diferente e melhor do que aquilo que está vivendo no momento. A grande dificuldade é superar o Orgulho e ter a Humildade de procurar ajuda, conselhos e orientação e segui-los. É difícil compreender e aceitar que o Astral Superior sabe e enxerga muito mais do que nós.

Em meio a esse turbilhão de pensamentos e sentimentos a pessoa acaba por entender (ou decidir) que para que as coisas melhorem é necessário uma mudança radical e, não raras as vezes, essa mudança radical está ligada ao rompimento com sua vivência espiritual para mergulhar de cabeça na satisfação sensorial e nos prazeres terrenos… Trata-se de um verdadeiro mergulho na ilusão! A pessoa não sabe lidar com a dualidade Espírito x Matéria e fica presa nesse conflito acreditando que deve escolher um em detrimento de outro ou, até mesmo, acaba escolhendo o caminho mais fácil e prazeroso e que requer menos esforço… É muito mais fácil abrir mão do crescimento e do aprimoramento espiritual do que encarar as feras interiores…

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A busca pela iluminação

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No caminho da iluminação, o passo básico é reconhecer o eu e o outro e, nesse reconhecimento buscar a compreensão do eu e do outro… Aquele que não consegue enxergar o outro é muito pouco provável que enxergue a si mesmo de forma honesta. Está, ainda, com a visão turvada pela vaidade e pelo orgulho.

Este é o grande e decisivo passo para se abraçar a espiritualidade, no entanto, reconhecer a si mesmo e o outro e promover um olhar honesto para si mesmo requer coragem… Reconhecer suas qualidades, seus defeitos, suas limitações, suas exacerbações…

Normalmente, o que se vê, são pessoas vangloriando-se de suas ‘qualidades’, mostrando-se melhores ou mais eficientes que o outro… Apontando o ‘defeito’ e a dificuldade do outro, ao invés de buscar o equilíbrio… De buscar a medida exata para fazer valer sua postura de forma positiva e comedida…

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O mundo moderno e a espiritualidade

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Bom dia! Um grande desafio, atualmente, é viver de forma espiritualizada… A dinâmica do mundo pós-moderno, muitas vezes acaba por sufocar e esgotar o ser humano que, não raras vezes, é de maneira árdua que administra seu tempo para cumprir seus vários compromissos diários.

Viver de forma espiritualizada é ter o alento necessário para continuar… A espiritualidade torna nossa jornada mais leve, mais serena! Enfrentar e superar as intempéries diárias deixa de ser tão exaustivo… Isso ocorre em função da mudança na maneira de se enxergar o mundo…

Pequenas práticas e mudanças no nosso dia a dia, na nossa rotina são extremamente eficazes para mudar todo o panorama de nossas vidas!

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Morte, Dor e Sofrimento

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Boa tarde amigos e amigas! Se observarmos a cultura oriental e a cultura ocidental mais atentamente, fica muito fácil perceber várias diferenças com relação ao modo de compreensão do mundo material e do mundo espiritual.

Até mesmo no mundo moderno e corrido de hoje, nota-se que a formação ocidental é bem diferente da oriental no que tange estes aspectos.

Assim, quando tratamos da relação do ser humano com o mundo material e com o mundo espiritual essas diferenças se acentuam ainda mais. É notável a diferença de o oriental lidar e se relacionar com a espiritualidade e com o mundo espiritual. O seu alcance e percepção de tudo isso.

Os orientais aprendem a reconhecer e lidar com tudo isso de forma mais lúcida e madura que o ocidental. Uma clara diferença está na forma como o oriental lida com a oração e na forma como o ocidental lida com ela. O Oriental entende que toda oração é respondida (entendendo, inclusive, que o “não”, a negatória de seu pedido também é uma resposta, que lhe aponta um caminho de mudança, de busca por algo novo ou diferente) enquanto o ocidental se comporta, muitas vezes como uma “criança mimada” quando seus pedidos não são atendidos (não existe a compreensão do “não” como resposta, mas sim a insatisfação e a frustração por não ter seu pedido, às vezes mesquinho ou egoísta, não atendido. Fica-se insatisfeito ou revoltado com a divindade em não atendê-lo).

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O Oráculo de Biage II

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Estendendo nossos ensaios sobre o Oráculo, pouco conhecido, como Biage-Ifá e sua aplicação mágico oracular através de um cabalismo profundo encontrado nas Religiões Afro-Brasileiras, lembro que o Biage-Ifá é somente a ponta de um iceberg de conhecimento encontrado nas águas límpidas do saber da Tradição Antiga. O conhecimento sobre Ifá é muito maior do que possamos imaginar. Naquilo que há de mais essencial, Ifá nos traz a contemplação dos mistérios que deram origem ao Universo e a toda existência. Lembro um dos mitos de Ifá, que conta como Orunmilá ganhou o título de èlérí ípín (Testemunha do Destino). O mito conta – me membro concisamente – que Orunmilá contemplou a sabedoria dos Odus e viu o destino de todos os seres, Orunmilá viu o destino de Olodumare, e viu o pai de Olodumare, e viu que o pai de Olodumare era (…) a partir de então seus olhos se cegaram. Ainda um mito simples como esse, vela mistérios profundos sobre a origem da existência e ainda outras coisas que estão fora da nossa capacidade de penetração.

O Biage-Ifá é o que existe de mais básico na Tradição Oracular Antiga. Na verdade, toda metodologia oracular africana (e não só africana, vide I-Ching, “Talhos na Areia” e Geomancia Europeia) tem como base as características originais do Biage-Ifá: os quatro elementos (Ar, Fogo, Água e Terra) mais o Éter, que é a origem de todos eles. Aprofundando um pouco mais, relembro que o Biage-Ifá é consultado usando-se 4 objetos (búzios ou cocos), tendo 5 variáveis (ou caídas) como resultantes de suas combinações entre objetos abertos e fechados, são elas:

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Mediunidade

10649548_670833836364276_8305124469597802919_nNa minha terra tem uma planta que não dá flor
Que as águas claras do rio não levou
Vou pra Aruanda, oh! Mãe
Quando eu voltar eu quero ver esta flor!

Este ponto era entoado e foi recebido no Templo da mãe espiritual de nosso mestre, a Sra. Helena Batista. Um ponto que explica bem a missão da mediunidade, que é a de sempre renascer e florescer pela grandeza de sua tarefa.

A mediunidade é muito mais que uma dádiva, a mediunidade é uma missão!

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