Arquivo mensal: março 2016

Quem planta tâmaras, não colhe tâmaras

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Boa tarde amigos e amigas! Este antigo provérbio árabe é capaz de nos levar à profundas reflexões… Um pé de tâmaras demora de 80 à 100 anos para produzir pela primeira vez. Antigamente, a expectativa de vida não permitia que a pessoa que plantou uma tamareira desfrutasse de suas frutas, daí o antigo provérbio…

Por isso, o pé de tâmara é utilizado para ensinar a importância de se cultivar algo que frutificará no futuro. Algo que será desfrutado por outras pessoas, que não nós mesmos…

A compreensão daquilo que é eterno e daquilo que é transitório é essencial para a busca de uma vida plena e feliz. Entender que a sua felicidade está, de certo modo, ligada à felicidade do outro nos dá a compreensão de quê: tão importante quanto aquilo que vamos colher é aquilo que vamos deixar para os outros colherem.

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Caridade, Esperança e Fé

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Pedrinha do alto
pedrinha de ouro
pedrinha de loango é
Três Pedras vem lá do alto
Caridade, Esperança e Fé

Bom dia amigos e amigas…

Na Umbanda aprendemos a ser protagonistas de nossas vidas. A forma de manifestação de cada uma das entidades nos traz profundos ensinamentos. Assim, com as Crianças aprendemos a Pureza e a Alegria; com os Caboclos aprendemos a Atividade, a Fortaleza, a capacidade de vencer obstáculos, crescer e conquistar e com os Pretos-Velhos aprendemos a Humildade e a Sabedoria. Tudo isso simplesmente observando as posturas e formas de cada uma destas queridas entidades se apresentarem!

Nada mais revigorante do que ser inundado pela Alegria e pela Pureza das Crianças.

Nada mais estimulante do que ser inundado pela capacidade de produzir positivamente as mudanças necessárias em nossas vidas em busca da felicidade.

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O Criativo promove sublime sucesso, favorecendo através da perseverança

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O I-Ching, em seus primeiros trigramas sintetiza importantes aspectos da Tradição do Aumbandan. A sentença acima está relacionada ao primeiro trigrama CH’IEN (o Céu; o Criativo). Este trigrama pode ser relacionado a Orixalá, dentro dos ensinamentos esotéricos de Umbanda. E, dentro da correspondência do jogos Oraculares está relacionado ao Odu Ogbe Meji do Opon-Ifá.

O trigrama traz um interessante atributo que é o poder do tempo e o poder de persistir no tempo, ou seja, a duração.

Aqueles que buscam o caminho da espiritualidade e da iluminação devem possuir a capacidade de persistir no tempo. Persistir é buscar uma vida sem sofrimento (o seu próprio e o do outro). Persistir é continuar apesar de quaisquer adversidades, pois tudo é transitório…

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Morte, Dor e Sofrimento

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Boa tarde amigos e amigas! Se observarmos a cultura oriental e a cultura ocidental mais atentamente, fica muito fácil perceber várias diferenças com relação ao modo de compreensão do mundo material e do mundo espiritual.

Até mesmo no mundo moderno e corrido de hoje, nota-se que a formação ocidental é bem diferente da oriental no que tange estes aspectos.

Assim, quando tratamos da relação do ser humano com o mundo material e com o mundo espiritual essas diferenças se acentuam ainda mais. É notável a diferença de o oriental lidar e se relacionar com a espiritualidade e com o mundo espiritual. O seu alcance e percepção de tudo isso.

Os orientais aprendem a reconhecer e lidar com tudo isso de forma mais lúcida e madura que o ocidental. Uma clara diferença está na forma como o oriental lida com a oração e na forma como o ocidental lida com ela. O Oriental entende que toda oração é respondida (entendendo, inclusive, que o “não”, a negatória de seu pedido também é uma resposta, que lhe aponta um caminho de mudança, de busca por algo novo ou diferente) enquanto o ocidental se comporta, muitas vezes como uma “criança mimada” quando seus pedidos não são atendidos (não existe a compreensão do “não” como resposta, mas sim a insatisfação e a frustração por não ter seu pedido, às vezes mesquinho ou egoísta, não atendido. Fica-se insatisfeito ou revoltado com a divindade em não atendê-lo).

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