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Medo e Desejo e o Simbolismo da Cruz


Muitos são os motivos que levam alguém a buscar um caminho espiritual, um caminho no qual se pretende ir ao encontro do divino. Dentre esses vários motivos, temos o da pessoa que busca o autoconhecimento, daquela pessoa que busca reconhecer-se como parte de um todo maior e identificar qual o seu local, qual o seu papel nisso tudo.

É um momento de incertezas e de alegrias, pois, se por um lado temos consciência de que no caminho do autoconhecimento lidaremos com tudo o que é obscuro dentro de nós – e isso pode assustar bastante -; por outro lado temos a alegria de presenciar a maneira como as pessoas que percorreram com sucesso essa jornada se portam diante da vida – sendo isso verdadeiro alento e inspiração para os iniciantes nesse caminho de redescoberta de si mesmo.

Nessa jornada iniciática (busca da sabedoria aplicada em favor da humanidade) tem-se a compreensão de um dos vários simbolismos da “cruz”- e aqui utilizarei um deles relacionado ao objetivo do texto – como um dos primeiros e grandes desafios.

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Esúrú – Não falar o que não sabe

Este é o primeiro mandamento de Ifá. Ser Sacerdote é uma grande responsabilidade. O Sacerdote recebe a credibilidade e confiança das pessoas. Não deve, portanto, abusar da fé e credulidade das pessoas enganando-os ao ostentar conhecimentos que não possui.

Deve-se trabalhar com humildade e retidão, jamais abusando da confiança das pessoas, manipulando-as e iludindo-as valendo-se de ignorância religiosa destas ou do momento de dificuldade e desespero em que se encontram.

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Ogum e Varuna

Varunadeva

Amigos e Amigas, dando continuidade à nossa proposta falaremos, hoje, sobre Varuna e Ogum. Varuna é uma divindade indo ariana. Trata-se de um deus arquiteto e ferreiro que possuía um conhecimento infinito. Tornou-se rei dos deuses, tendo também domínio sobre o destino dos homens, sustentando a vida e a protegendo do mal.

Quando Indra – que tinha poder sobre os raios e tempestades – venceu um grande monstro e tornou-se o novo rei dos deuses, Varuna tornou-se rei dos oceanos e da noite. Assim, dividia o céu com Surya, deus do dia.

“Varuna é um termo sânscrito, referente a uma divindade védica; Senhor da Consciência Vasta, representando a pureza etérea e a amplidão oceânica da Verdade infinita; destrói tudo o que interfere adversamente no crescimento da Consciência-Verdade, na mente do homem”.

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O Relacionamento Libertador

Libertar-se das malhas da ilusão, despertar do sono do Espírito requer, antes de tudo, uma vontade forte, algum grau de experiência que faça reconhecer a insatisfatoriedade da vida prosaica e a compreensão da ligação inexorável entre a vida dedicada às sensações e a dor e o sofrimento. Este conhecimento preliminar é o mínimo necessário para qualquer um que deseje sair da Roda das Reencarnações Dolorosas, onde a repetição constante das mesmas falhas e apegos ocasiona sempre as mesmas dores e padecimentos. Uma vez tendo reconhecido este contexto, torna-se o ser vivente apto a pleitear uma mudança no seu rumo evolutivo. Se tiver acumulado algum crédito em suas vidas, um Mestre Astralizado intercederá pelo candidato a discípulo frente aos Tribunais Kármicos e, sendo aprovado o pedido, começa uma nova etapa para aquele Ser. Em seu próximo renascimento será encaminhado à presença de um Mestre Espiritual Encarnado.

Para todos que já encontraram seu verdadeiro Mestre, ler as linhas acima causa uma certa dor e um estremecimento na memória que ultrapassa o cérebro físico, tocando nos longínquos ou recentes tempos passados, como caminheiros que somos das vidas do karma. Esta identificação imediata deve-se à semelhança das histórias que carregamos todos em nós, da igualdade que temos, uns com os outros, e que nos coloca debaixo de uma mesma Raiz e sua Linhagem. Porém, já em situação mediata, sobrevêm a alegria e o regozijo interior brotados pela imagem, em nossa tela mental, de nosso Mestre que nos tem acolhido nessa e em outras vidas. Sempre achamos que éramos independentes, e caminhávamos errando e sofrendo as conseqüências de nossos atos infelizes, até que encontramos nosso Mestre, que nos ensinou o peso que isso nos acarretava. Dizia ele que não nos queria dependentes dele; queria que compreendêssemos que somos apenas interdependentes e nos pedia para sermos receptivos aos seus ensinamentos.

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