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SADHANA – A Meditação como Prática para atingir a Iluminação: uma visão Umbandista – Parte 1

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O termo sânscrito sadhana — derivado de sadh, chegar ao objetivo — pode ser traduzido como meio de se realizar. No Budismo, as sadhanas são textos litúrgicos para a prática de meditação, desde a visualização das divindades meditacionais até a dissolução final, em meditação não-conceitual. Para praticar uma sadhana, é essencial que se procure um professor qualificado de quem se possa receber as iniciações e ensinamentos orais.

Aqui, trataremos sobre esta prática sob a ótica Umbandista, de acordo com os ensinamentos de nossa Escola.

As sadhanas são geralmente divididas em três etapas:

  1. No Estágio Preliminar (sânsc. purvagama), toma-se o refúgio Vajrayana e se desenvolve a bodhichitta, a mente que aspira alcançar a iluminação para trazer benefícios a todos.

Dentro na nossa Escola, aprendemos que este primeiro estágio é um estágio de preparação. É fato que o Ser Humano vai acumulando dentro de si pensamentos, sentimentos, frustações, situações mal resolvidas, questões mal elaboradas, dentre outros…

Deste modo, este primeiro estágio, é extremamente importante, pois o praticante estará deixando todos esses pensamentos e sentimentos fluírem, ou seja, eles passarão por sua cabeça e seu coração e vão sendo liberados. Tenha a consciência de que você quer se livrar de tudo isso… De toda essa atribulação…

Neste primeiro estágio, o praticante senta-se em local adequado e confortável e deixa a mente viajar, não bloqueia nenhum pensamento ou sentimento que afloram. É importante que eles fluam. Isso vai efetuando uma espécie de limpeza interna, pois o praticante vai “esgotando” todos esses pensamentos e sentimentos que vão se acumulando dentro de si no decorrer de sua vida…

Toda sorte de pensamentos e sentimentos aflorarão, não brigue com nenhum deles, não ignore-os, não tente guarda-los novamente evitando encará-los. Faça as pazes com tudo isso e se liberte de tudo… Conseguindo isso, perceberá que nada disso o incomodará mais.

Você está caminhando dentro deste primeiro e importante estágio, voltando os olhos para si mesmo, se reconhecendo e se conhecendo. Fazendo as pazes com tudo aquilo que, mesmo inconscientemente, o incomoda. Que o impede de voltar sua atenção e sua concentração para outras coisas. Lembre-se: Conhece-te a ti mesmo e conhecereis o universo e os deuses.

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Defumação na Umbanda

997090_667614116686248_8492003380650861030_nOlá amigos e amigas!

A defumação é uma ritualização que está presente em várias religiões, tais como: budismo, judaísmo, catolicismo, dentre outras.

Para a Umbanda a defumação é uma prática de importância fundamental. Tal procedimento têm seus fundamentos e devem ser bem observados e bem preparados.

Pode-se utilizar a defumação para a higienização física e astral do ambiente e das pessoas, pode-se utilizá-la para harmonização do ambiente e, também, para elevação do tônus mental das pessoas.
Isso ocorre através do preparo consciente das ervas a serem utilizadas no ritual, que se inicia quando nós as colhemos, através de rituais e orações, até o momento de utilizá-las. Em seguida, passamos à mistura adequada de ervas, nas proporções necessárias para que se atinja
o objetivo esperado: higienização, harmonização ou elevação.

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O Caminho da Iluminação

Queridos Amigos, falaremos, hoje, um pouco sobre nossa constituição tríplice fazendo algumas correlações com a Doutrina do Tríplice Caminho e com as 03 jóias do budismo. No decorrer do texto demonstraremos a importância da vivência templária, sendo esta vivência imprescindível para a construção do conhecimento e para o crescimento indivudual e coletivo.

Aproveitamos o ensejo para demonstrar a relação existente ente a nossa tríplice constituição e suas relações com a Doutrina do Tríplice Caminho, bem como demonstrar que na dialética da vida de um Templo Umbandista esses fatores são trabalhados, images4lapidados e vivenciados por todos, além de relacionar tudo isto às 03 jóias do budismo que são: Buddha, Dharma e Sangha. Passemos aos nossos apontamentos.

Sabemos que temos uma constituição tríplice, ou seja, todos nós temos um Organismo Mental, um Organismo Astral e um Organismo Físico. Todos os seres humanos pensam, sentem e agem. Assim, quando o espírito adentrou na Matéria (Universo Astral – Reino Natural) através das agregações que constituíram o que conhecemos por alma, foi necessário organizar esta matéria, que era caótica, para que o espírito se manifestasse.

Dessa organização surgiram os três organismos supracitados.

  1. O Organismo Mental: é a sede dos pensamentos, o campo das ideias (lembrando que a ideia é algo abstrato). “Dois”, por exemplo, é uma ideia (algo abstrato) que se concretiza com sua expressão, sua representação que pode ser o algarismo dois (2 ou II), duas laranjas, duas maçãs etc.
  2. O Organismo Astral: é a sede dos sentimentos, das emoções que, por sua vez, também são abstratos. Os sentimentos são demonstrados (concretizados, expressados ou representados) através de atos, atitudes etc. Podendo ou não, quando de sua expressão, passar pelo campo da intelecção, por ser possível às pessoas expressarem sentimentos e emoções quase que de forma inconsciente. Agindo de forma totalmente emocional ou passional e não racional e, às vezes, até instintiva (como o instinto de sobrevivência, por exemplo).
  3. O Organismo Físico: trata-se do corpo físico propriamente dito, veículo pelo qual o espírito se vale através do organismo mental e astral para realizar, concretizar, vivenciar e esgotar suas vontades.

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