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Ninguém pode ter o que é especial de outra pessoa

994133_756537241127268_3249250993471050293_nDisse IFÁ: Ninguém pode ter o que é especial de outra pessoa.(Obara Sá).

Vivemos em comunidade, somos seres sociais. No decorrer de nossas vidas nos integramos a grupos, seja ele no clube, no trabalho, no local onde expressamos nossas crenças religiosas…

O Ser Humano têm necessidade de identificação, se aproximando daquilo que é semelhante e rechaçando aquilo que é diferente (problema que, quando agravado leva ao preconceito, discriminação, intolerância, dentre outros).

Deve-se entender que, em todos os locais em que estamos, com todas as pessoas que lá se encontram, devemos fazer a diferença entre o que é crença, convicção e princípios comuns e o que você quer pegar emprestado de um colega (a vontade de ser o outro).

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O Oráculo de Biage

biage

 Conta um mito, que havia um adivinho chamado Biage, ele tinha um filho chamado Adiatoto, a quem ensinara seu maior segredo, a arte de atirar os cocos para a divinação. Na casa de Biage havia outros meninos, crianças que o obedeciam como pai e que ele considerava como seus próprios filhos. Todos se tinham como irmãos, mas Adiatoto, que era o mais novo, era seu único filho verdadeiro. Quando Biage morreu, todos aqueles filhos adotivos lhe roubaram tudo o quanto tinha, e seu filho, Adiatoto, ficou passando muitas dificuldades. Tempos depois, o Oba, Rei do Povo, quis averiguar a quem pertencia aqueles terrenos e mandou consultar por seus donos. Apareceram muitos supostos, os filhos adotivos declararam que os terreno lhes pertenciam, mas não tinham prova que os creditassem e que constituía o segredo.

O Rei se viu obrigado a publicar através de seus porta-vozes o direito que tinha quem apresentasse as provas. Adiatoto teve notícias de que o andavam procurando. Ao apresentar-se pediram-lhe as provas, e como somente ele era o único que sabia, porque seu pai o havia ensinado, disse: “Isso é meu. Irei aos muros que dividem as terras e atirarei os cocos ao chão, se caírem de boca para cima, essa é aprova que meu pai ensinou.”

Assim foi, ao atirar os cocos, todos responderam com Aláfia, então o Rei fez entregar para ele todos os terrenos que foram usurpados pelos falsos filhos de Biage.

O Oráculo de Biage constitui um método prático e fácil de adivinhação, porém muito profundo em essência, nos traz uma base sólida e segura e pode ser muito abrangente. Embora seus fundamentos sejam pouco conhecidos no Brasil, onde é utilizado apenas para fins de confirmação, o Biage-Ifá é rico em possibilidades e compõe-se de métodos que variam em grau de complexidade, sendo usado para obter-se respostas e soluções rápidas a respeito dos assuntos, sozinho ou como auxiliar no Merindilogun ou no Sistema de Ifá.

O Biage é consultado através de quatro objetos, a princípio pedaços de cocos ou obis, com um lado côncavo e outro convexo, ou que representem um aberto e outro fechado. Comumente usa-se búzios. A sorte é tirada lançando-os sobre o chão ou um tabuleiro de madeira com sinais apropriados.

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Qualquer que seja o problema existe uma solução

 

Às vezes as pessoas se encontram em um momento em que estão perdidas, sendo levadas pelo turbilhão que vai se tornando suas vidas. Neste momento ficam apenas focadas na resolução de problemas, na busca de soluções empenhando muita energia para solucionar as coisas e obtendo pouco sucesso, isso traz desgaste, desânimo, depressão, ansiedade…, os males do mundo moderno.

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Arquétipos, Genótipo, Fenótipo, Estereótipo, Mitos e Oráculos: estudo preliminar

Neste estudo procuraremos de forma sucinta e objetiva mostrar a relação existente entre: arquétipo, genótipo, fenótipo, estereótipo, mitos e oráculos. Tratando também da importância dos mitos em nossas vidas.

Iniciamos o presente estudo apresentando a definição dos termos centrais deste estudo para assim desenvolvermos nosso raciocínio.

Vejamos:

arquétipo
ar.qué.ti.po
sm (gr arkhétypon) 1 Modelo dos seres criados. 2 O que serve de modelo ou exemplo, em estudos comparativos; protótipo.

O termo “genótipo[1] (do grego genos, originar, provir, e typos, característica) refere-se à constituição genética do indivíduo, ou seja, aos genes que ele possui. Estamos nos referindo ao genótipo quando dizemos, por exemplo, que uma planta de ervilha é homozigota dominante (VV) ou heterozigota (Vv) em relação à cor da semente.

O termo “fenótipo[2] (do grego pheno, evidente, brilhante, e typos, característico) é empregado para designar as características apresentadas por um indivíduo, sejam elas morfológicas, fisiológicas e comportamentais. Também fazem parte do fenótipo características microscópicas e de natureza bioquímica, que necessitam de testes especiais para a sua identificação.

Entre as características fenotípicas visíveis, podemos citar a cor de uma flor, a cor dos olhos de uma pessoa, a textura do cabelo, a cor do pelo de um animal, etc. Já o tipo sanguíneo e a sequência de aminoácidos de uma proteína são características fenotípicas revelada apenas mediante testes especiais.

O fenótipo de um indivíduo sofre transformações com o passar do tempo. Por exemplo, à medida que envelhecemos o nosso corpo se modifica. Fatores ambientais também podem alterar o fenótipo: se ficarmos expostos à luz do sol, nossa pele escurecerá.

estereótipo

es-te-re-ó-ti-po

s. m.

Comportamento desprovido de originalidade e de adequação à situação presente, e caracterizado pela repetição automática de um modelo anterior, anônimo ou impessoal.
Art. gráf. fôrma de impressão em que os caracteres estão fixos e estáveis; clichê, matriz.m.

Impressão ou obra impressa numa prancha de caracteres fixos.

À luz dos seguintes conceitos podemos dizer, de maneira bem simples e que facilite o entendimento que arquétipos são “formas ou moldes” (como formas de bolo ou moldes (o bolo fica no formato de sua forma ou no formato de seu molde). Estes moldes primordiais são os instrumentos da criação e de tudo o que existe no Plano Material.

Ocorre que, em dado momento, o Espírito, que era uno, teve a necessidade de manifestar-se e essa manifestação se dá através do plano material. Antes de prosseguirmos com o assunto gostaria de fazer um parêntese aqui para transcrever um cântico que remete a este momento, que é o momento da queda do espírito, o momento em que o espírito passa a ter existência na matéria:

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Os 16 Atributos de Esú e o Ifá

 

Neste post vamos falar um pouco sobre os 16 atributos de Esu (Exú), atributos estes que se relacionam com os 16 Baba Odús do Ifá.

Mas antes, gostaríamos de esclarecer que Esu (Exú) é o Grande Agente Cósmico Universal, é o Agente da Magia Universal. É Exú que, juntamente com os 07 Aráshas (Orixás) Ancestrais, trataram da criação do Universo Astral – Reino Natural. Os Exús são os concretizadores das ideações dos 07 Aráshas.

Quando do surgimento do Universo Astral e do Reino Natural foi necessário, então, organizar toda esta matéria que era caótica. Por isso dizemos que a “ordem” se assenta no “caos”. E é Esu que promove esta organização, dentre várias de suas outras importantíssimas funções das quais trataremos em futura publicação.

Iniciemos, pois apresentando os 16 atributos de Esu, mas antes…

Mo ju iba, Esu Oba Baba awon ESU! Iba se, o!

Saudações, Esu Senhor e Pai de todos os Esus! Que esta homenagem se cumpra!

Eis, agora, os 16 títulos ou atributos e suas correspondentes “qualidades”, os quais sempre foram ligados aos 16  BÁBA ODU de Ifá:

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Oração Òrúnmìlà

 

“O babaláwo, ou sacerdote, da antiga filosofia africana sobre òrìsà inicia suas atividades de manhã com esta oração. Expressa, em apenas algumas linhas, literalmente, a relação e a perspectiva entre o babaláwo e o seu espírito guardião Òrúnmìlà”. (Afolabi A. Epega & Philip John Neimark)

ÒRÚNMÌLÀ! Elérí Ìpìn,

Ìbikejì Olódùmarè,

A-jé-jù-Oògùn,

Obìriti, A-p’ijó-ikú-da

Olúwa mi, A-to-i-ba-j’ayé

Òrò à-bi-kú-j’igbo

Olúwa mi, Ajiki,

Ógègè a-gb’ ayé-gún;

Odúdú ti n´dú orí emèrè;

A-tún-orí-tí-kò sunwòn se

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