Arquivo mensal: abril 2017

A verdadeira grandeza consiste na harmonia com o Bem!

Ascender espiritualmente não é tarefa fácil pois, além de todas as atribulações cotidianas, temos também o processo de lapidação interior…

Para que esse despertar espiritual ocorra é necessário que se desenvolva a Compaixão!

A Compaixão é a verdadeira essência de uma vida espiritual! A compaixão é o sentimento que move o Ser Espiritual a apreciar todos os seres e, incute-lhe o desejo de libertá-los do seu sofrimento.

É fácil sentir compaixão por amigos e familiares que estão sofrendo ou por aqueles que sofrem uma dor manifesta. Mas há uma grande dificuldade em sentir compaixão por estranhos, pessoas desagradáveis, pelos excluídos sociais, por pessoas que praticam ações nocivas ou por pessoas que desfrutam de boas condições… Percebemos então como a nossa compaixão é limitada, parcial ou tendenciosa, egoísta…

A verdadeira compaixão deve abranger todos os seres vivos sem exceção. Assim como a terra que, em sua devoção, sustenta sem exceção, todas as coisas, boas ou más. Como nos ensina o hexagrama K’un (O Receptivo / A terra) do I-Ching e o Odú Oye-ku Meji do Ifá.

Assim, dentro de uma comunidade espiritual, o Sacerdote trilha seu caminho impulsionando toda a coletividade ao crescimento espiritual, propiciando a exata compreensão do “eu” e “do outro” e o valor de cada um. Acolhendo a todos… Ensinando a compreensão e a compaixão…

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Oração ao Exú 7 da Lira

Exú Sete da Lira (médium Cacilda de Assis)

Seu Sete Rei da Lira,

Grande trabalhador da Umbanda,

sei que o senhor é amor e caridade e, por isso, eu lhe suplico,

curai o mal do meu corpo, da minha alma, da minha cabeça e do meu caminho.

Sei, meu Senhor, que sua vontade é lei

e sei também das curas milagrosas que o senhor faz entre prosas e versos.
Lhe suplico mais uma vez Seu Sete da Lira,

olhe para os meus sofrimentos,

derrame sobre mim sua vibração para que eu possa voltar a ter alegria de vida com saúde, força e coragem.
Salve a força e o poder da Lira!

Salve as 7 notas musicais!

Salve o seu AXÉ meu Senhor!
Boa noite Seu Sete, abre nossos caminhos!

AXÉ.

(Cacilda de Assis – 07/07/1975)

Por que as Entidades estalam os dedos?

Recebemos muitas perguntas in-box, das mais variadas, sobre a Umbanda e os cutos afro-ameríndios, seus rituais, magia, pontos cantados, Lei de Pemba e muitos outros assuntos. Aqueles que tiverem dúvidas sobre qualquer assunto, responderemos com prazer, no seu devido tempo, pois são muitas as perguntas. Hoje vamos responder a alguns irmaos que nos perguntaram por que as entidades estalam os dedos dos médiuns. Vamos lá…

As Entidades estalam os dedos para ativarem o MONTE DE VÊNUS, aquela parte gordinha da mão que está ligada à sensibilidade. Este gesto faz com que sejam ativadas as defesas do corpo astral através do chacra esplênico, que é o chacra responsável pela defesa do organismo e do aura, conforme podemos ver na figura acima.

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Cântico de Ayan para os Caçadores

Ìbà rẹ, Ìbà mi, Ìbà Èṣù ojíṣẹ ọdẹ̀, Ìbà Ògún ọlọ́dẹ̀, Ìbà ọ̀ṣọọsì ọdẹ̀ má ta, Ìbà Ológún-ẹ̀dẹ̀ Oporolika, Ìbà ọ̀rẹlúéré, Ìbà Olúwéré Irókò, Ìbà Otìn, Ibà Erinlẹ̀, Ìbà Òrìṣà Oko, ọdẹ̀ gbogbo Ìbà yin o!

Suas saudações, minhas saudações, saúdo Exu mensageiro dos caçadores, saúdo Ogum o líder dos caçadores, saúdo Oxóssi caçador não atire, saúdo o guerreiro da cidade de Edé, saúdo o primeiro caçador a pisar na terra, saúdo Olúwéré da sagrada árvore de Irocô, saúdo Otim, saúdo a caçadora de elefantes, saúdo o deus das fazendas, todos os caçadores eu os saúdo!

Cântico de Ayan para os caçadores!

Ìbà rẹ, Ìbà mi, Ìbà Èṣù ojíṣẹ ọdẹ̀, Ìbà Ògún ọlọ́dẹ̀, Ìbà ọ̀ṣọọsì ọdẹ̀ má ta, Ìbà Ológún-ẹ̀dẹ̀ Oporolika, Ìbà ọ̀rẹlúéré, Ìbà Olúwéré Irókò, Ìbà Otìn, Ibà Erinlẹ̀, Ìbà Òrìṣà Oko, ọdẹ̀ gbogbo Ìbà yin o!

Suas saudações, meus cumprimentos, saúdo exu mensageiro de caçadores Ogum, congratulo-me com o líder dos caçadores, congratulo-me com Oxóssi caçador não atire, congratulo-me com o guerreiro da cidade de ede, saúdo o primeiro caçador para caminhar sobre a terra , saúdo olúwéré da árvore sagrada de iroco, saúdo otim, saúdo a caçadora de elefantes, congratulo-me com o Deus das explorações agrícolas, todos os caçadores saúdo-vos!

Mago, evocador de rua

Mago, evocador de rua,
Que na cidade nasceu,
Invoque na cidade que é sua,
Que eu invoco no sertão que é meu.

Se aí Hermes lhe deu estudo,
Aqui, Exú me ensinou tudo,
Sem de grimório precisá
Por favô, não quizumbe aqui,
Que eu também não jogo catimbó aí,
Invoque lá, que eu invoco cá.

Ocê teve instrução,
Exerceu divina ciença.
Mas das coisa do sertão
Não tem boa esperiença.

Nunca fez ponto riscado no chão,
Nem com erva de chêro fez infusão,
Não pode sabê bem,
Só quem cantô pra Oxalá,
Sabe a força que ele tem.

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Esúrú – Não falar o que não sabe

Este é o primeiro mandamento de Ifá. Ser Sacerdote é uma grande responsabilidade. O Sacerdote recebe a credibilidade e confiança das pessoas. Não deve, portanto, abusar da fé e credulidade das pessoas enganando-os ao ostentar conhecimentos que não possui.

Deve-se trabalhar com humildade e retidão, jamais abusando da confiança das pessoas, manipulando-as e iludindo-as valendo-se de ignorância religiosa destas ou do momento de dificuldade e desespero em que se encontram.

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Alegria

A alegria é impossível de ser definida absolutamente. Como fazer entender a quem nunca a sentiu? Mas todos já a experimentaram. A alegria se processa quando um desejo muito forte é satisfeito, quando uma desgraça é evitada, quando uma felicidade acontece ou parece acontecer.

A alegria é um elemento da felicidade, ela é mínima no tempo e máxima em intensidade, é o movimento prazeroso da alma. Algo na alegria, ou alguma coisa errada em nós a impede de durar, daí o desejo de eternidade e os inúmeros sonhos de felicidade. A alegria a representa ( a felicidade) e é o único fenômeno psicológico observável da mesma. A alegria é a estrela-guia da alma, ela é a passagem de uma perfeição menor a uma perfeição maior. Por isso ela é a passagem a um mundo superior, talvez da crença, talvez dos espíritos, talvez do lugar original de onde viemos.

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SÚÙRÚ BÀBÁ NÍ ÌWÀ! (Paciência é o pai do caráter)

Na foto assentamento de Ayan, a divindade da música e dos tambores no TEV – Templo da Estrela Verde – Casa do Caboclo Aymoré, em São Paulo

Bom dia, queridos amigos e amigas! Buscar o crescimento espiritual é algo essencial para que a vida do ser humano seja plena. Nesta longa e gratificante caminhada deve-se perceber que somos falhos, temos limitações, mas também que, com boa vontade, dedicação e paciência, podemos nos entender, nos modificar, crescer e melhorar a cada dia…

Para isso, o Sacerdote exerce papel fundamental, pois nos aponta o caminho, nos faz questionar e refletir sobre coisas que tentamos ignorar, nos faz olharmos para nós mesmos, nos fazendo acreditar em nosso potencial, nos mostrando que é possível despertar o divino dentro de nós!

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Tao Te Ching

Fama ou ego: quem é mais querido?

Ego ou riqueza: que é mais valioso?
Benefício ou perda: que é mais doloroso?

Uma grande virtude se expõe a um grande desgaste,
Uma grande riqueza se expõe a um grande roubo,
Mas uma grande contenção não se expõe a nenhuma perda.

Assim, aquele que sabe quando deter-se não continua até o perigo, e pode resistir muito tempo.

A busca pelo crescimento pessoal não deve prescindir à parcimônia, ao bom senso, à busca pelo equilíbrio das coisas. Às vezes o ser humano concentra força excessiva em questões puramente materiais e transitórias, como fama, riqueza, reconhecimentos…

Buscar o crescimento espiritual não é abrir mão dos benefícios e confortos da vida moderna mas, sim, entender que com relação às coisas materiais, nós é que temos que possuí-las e não elas a nós. A busca desenfreada e desmedida por um modelo ou ideal de vida, muitas vezes trás o sofrimento. Principalmente, quando nosso objetivo fica distante ou é algo inatingível.

O mundo material é importante, assim como o mundo espiritual. Nirvana e Samsara ou Céu eTerra, são a mesma coisa. O importante é encontrar o equilíbrio das coisas.

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Paulo de Tarso

Paulo de Tarso foi um dos grandes pensadores da humanidade, teve a coragem de romper com o judaísmo, pois suas leis rígidas já não condiziam com a universalidade do Cristianismo nascente.

Moisés, Buda, Krishna e tantas outras figuras da espiritualidade ajudaram o ser humano a encontrar novos caminhos, cada qual em sua época.

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