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O que é Macumba Realmente?

 

Para esclarecer definitivamente assunto tão escabroso:

1) Em língua Bantu, sim, é um instrumento musical idiofônico, uma espécie de Reco-Reco de madeira, feito de uma árvore chamada Magombe. Nada a ver com certa foto que anda sendo veiculada pela internet. Naquela foto o que está exposto são Guiros, que saõ instrumentos cubanos.

2) A verdadeira Macumba chamava-se Ngoma ua Mukamba, um tambor dos Lunda-Kioko, que no Brasil se difundiu na Umbanda e depois foi substituído pelos atabaques. Mais fáceis de construir e, portanto, foram largamente disseminados pela indústria do capitalismo de terreiro.

3) Mukumbu é uma palavra quimbundo que significa “som”.

4) Da árvore Magombe (haviam várias árvores com nomes muito próximos) faziam-se tambores que recebiam nomes bem semelhantes ao nome das árvores, tais como Ngoma, Ngombe, Makuta, Makombe, etc.

5) Ainda, Cumba, em quimbundo se traduz como valente, forte, ou rugido (dos leões talvez), que lembra o som dos tambores graves, assim como a Angona Puíta ou cuíca gigante lembrava o rugido do Leão e era usada para atraí-los nas caçadas rituais;

Ayom Poolo o Orixá da música e dos tambores

Repassando mais um texto de Mestre Obashanan.

Data: 16/05/2008

O AYOM

images1Templo da Estrela Verde

Do seio de Olodumaré, dentro do Orún, estão os Imolés (LUZ, BRILHANTE) do qual emanam 400 consciências denominadas de direita, os Irùnmòlés, que significa “Concebidos com a luz do Orún”, espíritos que não nasceram e nem morreram na Terra, pois são fonte original da luz espiritual. Também emanam 201 consciências da esquerda chamadas Igbàmòlé, que significa “Os que guardam a luz” (igbá – Cabaça, enquanto substantivo; enquanto numeral, significa 200). Estes espíritos foram responsáveis diretos pela implantação da evolução em nosso planeta e pelo despertar da humanidade, rumo à civilização. São tradutores dos Irúnmolés e são mais conhecidos como Orixás e Eboras. Dentre eles estão Exu, Xangô, Obaluaiê, Ossain, Yemanjá, Oyá, etc…

Na primeira categoria, dos Irunmalés, muitos deles, por surgirem de dentro da luz de Olorum foram chamados de “FUN FUN”, os Senhores do Branco e são potestades extremamente antigas, a maior parte quase esquecidas. Oxalá é o mais conhecido dentre eles, mas existem muitos outros, praticamente desconhecidos no Brasil. Dentre eles podemos citar Irawó (as estrelas), Oshupá (A lua), Agba Lodé (A imensidade do espaço) e em especial o AYOM POOLO, o Senhor da Música.

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